sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Décima Aula,

PERDA DA IDENTIDADE DENTRO DA RELAÇÃO  CONJUGAL
Identidade Psicológica-Singularidade do sujeito,personalidade conjunto de traços mais ou menos duradouros.O ser diferente dos outros o ser eu.
Identidade social-Comum ao grupo que se pertence. Ser diferente dos outros grupos.
Vamos pensar no homem em relação a mulher moderna, ele hoje muitas vezes não sabe nem como ocupar a figura masculina diante da figura feminina, por que hoje ela disputa espaços que eram exclusivos dos homens, inclusive dentro da estrutura familiar.
Para Chaui (1984), a cerimônia do casamento tem dupla finalidade que são a de limitar a sexualidade e garantir a subordinação da esposa ao marido e ainda, segundo ela, na fórmula civil-legal, o marido assume o compromisso de responsabilizar-se pela mulher e pelos filhos, protegê-los e sustentá-los, enquanto a esposa assume o compromisso de respeitar a autoridade do marido, cuidar dele e dos filhos e prover os serviços necessários à manutenção da casa. Se considerarmos o casamento como um contrato, sua principal característica deveria ser a idéia de que uma relação só é contratual se for estabelecida entre duas ou mais partes livres e iguais, caso contrário, não há contrato, mas hierarquia, subordinação, mando desigualdade e dominação.
Dentro da relação conjugal não há mais em muitos lar e nem o casamento e nem a submissão ao marido e sim um questionamento continuo de como ele assume o papel de esposo, como a mulher quer que ele faça, como assumir o papel de pai e como ela acha que deve ser.
Nestes questionamentos femininos e nas suas colocações percebemos muitas vezes um homem sem respostas por que antes só reproduzia o que aprendeu e hoje encontra uma figura feminina que questiona o que aprendeu serve para nossa vida?
A esposa que era subordinada ao marido, diz quero saber se ele é homem o suficiente para que eu possa me tornar subordinada a ele.
Então percebemos que as identidades sociais, da mulher e do homem estão sendo questionadas. 
Mas ouvimos o seguinte discurso masculino e feminino, `Falta homem no mercado`, tem muito gay`gosto de homem com pegada, mulheres de verdade estão muito difíceis de ser encontradas` a maioria das mulheres hoje são safadas,  só querem o dinheiro` mulheres hoje não querem um relacionamento sério´.
Então aparece no mercado homens mais próximos do feminino no seu jeito de ser, aparece na forma como ele veste, se enfeita e cuida do corpo e mulheres mais próxima do masculino no seu jeito de ser, na forma como se veste, como falam, como agem, onde vão.
Na vida conjugal ,estas novas formas de ser  causa um grande transtorno. A mulher  procura um tipo de homem mais próximo do feminino para ter tudo em casa( a relação de amizade, que tem com outra mulher e o o sexo  e   a proteção em geral  que quer com do homem...).Quando casa com este tipo  de homem que geralmente se tornou as vezes tão frágil quando a figura feminina , os papeis invertem e ela se sente insatisfeita e muitas vezes se pega olhando para  o quintal do vizinho onde existe o machão que sustenta a casa ,mas não sabe dialogar, é grosso, e mostra uma certa insensibilidade, mas tem força emocional que se manifesta na força física, no potencial sexual,no sucesso pro fissional,no jeito de falar.
Então surge a pergunta que tipo de homem eu quero como mulher? e aí vem a pergunta mais difícil, que tipo de mulher eu sou para qualquer pessoa? quem sou eu?
E percebemos que a mulher não sabe de fato que tipo de homem ela quer e o homem não sabe de fato o que deve ser e como deve ser.
 Segundo Dorais (1994), o feminismo se infiltrou na máquina da fabricar homens. Cita ainda em seu trabalho, uma pesquisa feita pelo jornal americano USA Today em que se fala que a insegurança dos homens diante de seu papel sociossexual seria a “neurose dos anos oitenta”. Foi observado nesta pesquisa que os homens querem se mostrar mais abertos às relações igualitárias, mas receiam perder com isso a própria masculinidade. Dorais (1994), completa dizendo que esta confusão e insegurança decorrem de trans formações sociais e culturais que produziram uma reviravolta nas principais fontes da identidade masculina, isto, além de produzir adaptações, provocou mudanças na noção de masculinidade.
Observando mais de perto as mulheres, muitas vezes elas querem ser dominadas,desejam um homem com aquela  `pegada`que possuam a famosa virilidade sexual, um homem que não seja adolescente que fique pedindo aprovação e solução para tudo, que dê conta do sustento da família e sobre um pouco para outros projetos, que ela possa optar por ficar um tempo em casa cuidando da família por que o homem  dá conta do recado sozinho com tranquilidade.
Mas essa mulher tem medo desse tipo de homem, por que ele pode cobrar caro por  oferecer este tipo de vida, ela entende que ele vai deter o poder da vida conjugal. Então ela assustada, pensa para não cair nessa armadilha vou mudar esse homem e aí começa os conflitos e as tentativas de invalidar a figura masculina. Começa a disputa pelo mercado de trabalho e pelo poder dentro de casa. E as identidades reais desaparecem, do contexto conjugal ninguém sabe mais quem é quem.
Muitas dessas mulheres ouviram das suas mães  frustradas , ´estude `,forme  para não dependerem de homem nenhum, ao invés de dizerem estude e forme para o seu crescimento pessoal, para ter autonomia e dar conta de sua vida.Então muitas entenderam que crescer e disputar o espaço com um homem é o correto.
Nessa busca de não perder a identidade dentro da relação conjugal, entendemos que homem e mulher precisam um do outro.Então precisam encontrar a sua identidade e pararem de pensar que um é  algoz e o outro é vitima, um sempre esta certo e o outro errado, dessa forma o jogo sempre vai ser um domina e o outro é dominado, dessa forma nunca vão dar certo e nunca vão ser felizes.
Se a identidade individual for forte, vão perceber que o poder flutua entre um e outro, um as vezes esta exercendo o seu poder na cozinha o outro no quintal  e assim vão mudando dos cômodos e mudando quem manda e muitas vezes há o encontro lindo de poder no mesmo local e hora. 

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