quarta-feira, 3 de outubro de 2012


A FRONTEIRA ENTRE O AMOR E A DOENÇA
Recebi um texto de Freud e Lacan que levanta muitas questões sobre o amor.
Achei pertinente por ver algumas pessoas navegando em alto grau de sofrimento por esta fronteira.
Quando ´amamos` alguem parece haver um grande processo  identificatório,Freud diz que é o desejo de ser amado que movimenta o indivíduo a agir de acordo com os ideais do outro,visando desta forma alcançar objetivos.
Mas o amor tem outras facetas,os aspectos tiranos,agressivos e hostis.Por essa via o amor perde a racionalidade e seus imperativos pode tornar-se uma crueldade impar,chegando em casos extremos , a destruição do sujeito ou do outro.
Em nome do amor já foram realizadas as mais terríveis ações.
São atos que colocam em xeque esta visão idealizada e tão difundida do amor e que suscitam algumas interrogações.Quais são os limites razoáveis do amor?
Desde criança devemos aprender a disciplinar o amor que é aprender quais os limites seguros para o comportamento,sem desrespeitar e violentar,deixando uma margem para o erro, e para a contestação saudável,porque uma personalidade saudável constrói-se assim.
Uma importante forma também  é que cada um de nós aja de maneira razoável por aceitar a direção de Cristo e estar disposto a ceder o que é possível no trato com os outros.
Outro questionamento é o que faz com que este investimento amoroso possa por vez ser tão devastador?
Algumas pessoas referem a alta expectativa,o foco só no ser amado a fragilidade em relação ao objeto amado, o amor ao outro é maior que a si mesmo,a dependência do amor do outro..
Pensando ainda qual a linha de separação entre o amor que engrandece e o que destrói?
Engrandece quando é uma expressão de liberdade,não cobra e nem espera,não confunde,não espera resposta para ser,se revela não se esconde,se esparrama com delicadezas é a expressão da gentileza e da doçura eterna,não reclama se entrega,faz festa no coração, o amor é livre para ser e viver,o amor se oferece,arrisca diz o poeta Paulo Roberto.
Existe a doença que destrói.

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