terça-feira, 15 de janeiro de 2013

IMITAR A DEUS COMO ESPOSO(A)


A tendência para a imitação é instintiva no homem, desde a infância. Neste ponto distingue-se de todos os outros seres, por sua aptidão muito desenvolvida para a imitação. Pela imitação adquire seus primeiros conhecimentos”.
Mas, por que devemos imitar a Cristo? Vou lhe explicar com argumentos tanto científicos quanto teológicos.
Jean Piaget, psicólogo suíço, considerado o maior expoente do estudo do comportamento infantil, costumava dizer que em nosso processo de aprendizado passamos por três fases: a anomia, a heteronomia e a autonomia.
Na anomia, a criança não possui valores, ou seja, ela não possui condições psíquicas para discernir o que é certo e o que é errado. Nesta fase, portanto, tudo é permitido, razão pela qual a criança morde, bate, belisca, pega comida do chão, grita, entre outras coisas.
Nesta fase, portanto, a criança ainda não tem formado o seu juízo moral ou juízo de valor, sendo que ela não sabe discernir o que é certo do que é errado. Ao passo que, na fase da heteronomia a criança ainda não possui o “juízo de valor” e passa a “copiar” e a se espelhar na figura de seus pais, pois acredita que eles são as pessoas que possuem atitudes corretas. É nesta fase que a criança passa a ser educada e é nela forjado o seu caráter que, no entender de Piaget, é a moral ou juízo moral.
Passado estas fases, o adolescente já tem o domínio da razão e, através da formação de seu juízo moral, passa a discernir o que é certo e errado pela suas próprias concepções (fase da autonomia). Não precisa do pai para dizer o que é errado, pois já possui condições psíquicas para, por suas próprias convicções, decidir. E da mesma forma ocorre conosco na nossa formação espiritual.
Paulo chegou a afirmar:
“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. (I Corintios 13.11)
Quando estávamos no mundo, não tínhamos o discernimento sobre o que é certo ou errado. O pecado fez com que nossos olhos fossem tampados e o nosso agir fosse como o de uma criança, sem norte, sem discernimento, andando sem alvo algum.
Não tínhamos condições de saber o que era certo e o que era errado, pois estávamos totalmente “cegos”, a mercê do mal, pois éramos pecadores, conforme escrito em Efésios 5.8:
“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”. (Efésios 5.8)
Pecador não tem como salvar pecador, não tem como aconselhar pecador, não tem como dizer o que é certo e o que errado, pois sua vida é uma vida devassa, sem luz, sem norte, totalmente “cega”.
Razão pela qual Jesus disse:
“Se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova”. (Mateus 15.14)
No entanto, ao conhecermos a Cristo passamos a desvencilharmos da nossa natureza pecaminosa, espúria, imunda e andarmos à luz de seus ensinamentos.
Nossos olhos carnais são descortinados pelo poder da palavra de Deus, e conseguimos enxergar algo que, outrora, não víamos que é a graça de Deus, a paz que só conseguimos ver em Cristo, seu amor e o poder transformador que está intrínseco em sua palavra que consegue mudar nosso ser e preencher o vazio de nossa alma.
Tanto é verdade que o apóstolo Paulo chegou a expressar:
“Ainda que outrora eu era blasfemador, perseguidor, e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Cristo Jesus”. (I Timóteo 1.13-14).
Ora, Paulo era um homem que perseguia ardentemente o povo cristão, tinha aversão e repulsa as coisas celestiais. Contudo, quando teve o encontro com Deus em Damasco foi transformado de perseguidor a perseguido, de treva para luz. E isso só Deus pode fazer!
Razão pela qual a palavra de Deus nos diz que:
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
(João 8.32)
E a verdade é que Cristo morreu por amor a nós, para nos libertar do pecado, remir nossos erros sendo nós indignos.
E é através da graça, do poder transformador que Jesus Cristo proporciona e propicia em nosso ser, que somos transformados em uma nova criatura que brilha em meio à imundice terrestre.
Tanto é verdade que a palavra de Deus nos diz que:
“Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. (II Coríntios 5.17)
Ocorre que, ainda não somos santos. Estamos em um processo de santificação (fase do aprendizado). Saímos da anomia, mas estamos na heteronomia.
Está ainda em nós sendo forjado o nosso caráter para adentrarmos ao Céu. E, assim como uma criança necessita de um paradigma para se espelhar e forjar o seu caráter, da mesma forma ocorre conosco.
Cristo é o modelo ideal a ser imitado, pois, ele é o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai (Deus) senão for através de Jesus Cristo.
Jesus é o paradigma, o exemplo de pessoa que não pecou, não errou e que por amor deu a sua vida por nós pecadores.
E assim como uma criança se espelha no pai, pois crê que o pai é o modelo a ser seguido e o exemplo de conduta a ser imitada, da mesma forma deve ser o nosso proceder como cristão. Cristo é o exemplo que nós (tanto eu como você) devemos seguir.
É o exemplo de pessoa que passou pelas mesmas adversidades que nós estamos sujeitos a passarmos. Passou por provações, tentações, lutas, rejeições, adversidades, foi traído, chicoteado, humilhado, mas venceu em meio a todas elas.
Em toda a maneira de viver, Cristo se manteve íntegro, sem pecado, sem mácula, respeitando as Sagradas Escrituras e a vontade de seu Pai.
Razão pela qual é o exemplo a ser seguido, o modelo, o estereótipo e o paradigma.
Não há outro em quem possamos nos espelhar. Todos nós, sem distinção, somos falhos. O único que não falhou e se manteve íntegro foi JESUS CRISTO.
Ele sim é o exemplo a ser imitado. Ao passo em que vamos imitando-o, vai sendo forjado o nosso caráter, dando-nos condições de discernirmos o que é certo e o que é errado.
Tanto é assim que a Bíblia Sagrada é clara ao afirmar:
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho”. (Salmos 119.105)
E eu lhes pergunto: Para que serve a luz? E que caminho é esse?
A luz serve para enxergarmos o caminho em meio à escuridão, em meio às trevas, em meio à penumbra e a obscuridade que assola este mundo. E o caminho nada mais é do que o trajeto que conduz a um destino, que no caso é a salvação. Pois Jesus é o caminho da eternidade. Jesus não é um dos caminhos, mas é o caminho.
E só vai ter o direito de passar a eternidade com o Deus-Pai quem andou pelo caminho, no caminho, dentro do caminho e sobre o caminho que é Jesus.
Até por que meu querido(a) amigo(a), assim como uma bússola nos aponta a direção a ser seguido para se chegar a um determinado destino; da mesma forma é Jesus Cristo, pois nele encontramos o caminho para a salvação, o exemplo de conduta a ser seguida e a maneira de nos portarmos aqui nesta terra.
Jesus é o caminho que norteia a nossa vida!
Razão pela qual a Bíblia nos diz:
“mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós tambémsantos em toda a vossa maneira de viver”.    (I Pedro 1.15)
Portanto, se você é Filho de Deus, trate de imitá-lo!
Tenha, portanto, uma conduta ilibada, sem mácula, sem pecados, em oposição ao mal, despida da sujeira e da imundice deste Mundo, insurgindo-se contra o pecado.
Seja luz em meio às trevas, não se contamine com a poeira e o lamaçal deste Mundo, ao revés, viva o presente com atitudes sensatas para adquirir a glória que há de nos ser revelada.
Até por que, tudo na vida tem um propósito e uma finalidade de existir. Porventura uma caneta ou outro objeto qualquer poderia ter outra finalidade senão àquela ao qual seu criador quis que tivesse? É lógico que não!
Assim sendo, você foi criado por Deus e veio a este Mundo por causa de Deus. Existimos porque Deus quis que existíssemos e, assim como qualquer objeto é criado para um propósito e uma finalidade nós também somos.
A palavra de Deus nos diz que:
“Antes que o fizesse no útero de sua mãe, eu o escolhi. Antes que você nascesse, eu o separei para uma obra especial”. (Jeremias 1.5)
Uma caneta existe porque seu criador quis que ela existisse, e fora criada para um fim: escrever. Não tem como dar outra destinação a mesma, mesmo que quiséssemos.
Fora criada para este propósito e esta finalidade: escrever.
Da mesma forma ocorre com os demais objetos que foram feitos para destinações próprias ao qual seus idealizadores quiseram. Não tem como utilizar uma cadeira para outro fim a não ser para sentar.
Um lápis só serve para escrever, não tendo outra destinação, finalidade e serventia a não ser esta!
Assim sendo, fomos criados por Deus para o adorarmos, para amarmos e o louvarmos. Você não é obra do acaso, pois do nada, nada surge.
Inclusive, neste sentido o apóstolo Paulo chegou a afirmar:
“Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos”.(Atos 17.28)
“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente”. (Atos 12.36)
Tudo que vemos, vislumbramos e admiramos foi criado por Deus para um fim. Não fomos criados para vivermos sem uma razão de viver, mas fomos criados para adorarmos o criador: que é Deus.
E uma das formas de adorarmos a Deus é não pecarmos, não termos condutas que transgridam seus mandamentos, que vilipendiem sua palavra, conspurquem-na e a maculem.
Até por que, Jesus Cristo chegou a afirmar:
“Se me amardes, guardareis meus mandamentos” (João 14.15).
Portanto, ao pecarmos estamos desrespeitando a Cristo e dizendo ao mesmo que não o amamos. Razão pela qual, devemos ser despidos do pecado como Cristo é.
Vamos, portanto, andar à luz da palavra de Deus como Jesus Cristo andou. Pois, se você é filho de Deus, você deve imitá-lo.
Se você é filho de Deus, seu ser deve resplandecer a essência do caráter de Deus que é o amor. E uma das formas de demonstrar seu amor por Deus é obedecendo a sua palavra.
Até por que você não pode temer a Deus sem amar a Deus e sua palavra; sem submeter-se à vontade divina. E se você ama a Deus você insurgi-se contra o pecado, pois Cristo agiu desta forma aqui na terra e ainda permanece santo.
Além disso, conforme escrito em I João 2.17:
“Tema ao Senhor, pois o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.
Portanto, se você é filho de Deus você deve agir como Cristo agiu aqui nesta terra e ainda é, deve imitá-lo, seu caráter deve resplandecer a essência do caráter de Jesus Cristo que é a santidade, o amor, o temor, a compaixão e a submissão aos mandamentos de seu Pai: Deus. Pois, se fomos feitos à imagem e semelhança de Cristo nosso caráter deve ser igual ao de Jesus: SANTO!
Portanto, pense nisso, pois se você é filho de Deus você deve imitá-lo.
Que Deus lhe abençoei.
Amém!
Por Lucas Peres Torrezan

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